Meu adorável recanto ... I've come home ...
Hachi.
Wuthering Heights. - kate bush
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
terça-feira, 28 de setembro de 2010
O Bardo .. e a Borboleta...

Estava cá, eu sozinha .. a pensar comigo mesma ... sobre o que significa as melhores coisas da vida ... pensei.. pensei.. e quando me vi, percebi que prefiro coisas banais, simples e com gostos estranhos, mas que em mim sempre trazem uma tranqüilidade exacerbada... que me faz desejar estar nesse estágio de êxtase puríssimo .. por pelo menos um minuto .. me vem frames de imagens a mente..
Logo aparecia ele .. um bardo , de coração amarrado por uma boemia borboleta poeta.
Musica dedilhada, poesia cortez em contraste com tavernas obscuras e encantadas, nostalgia do que é mais gostoso, é um filme antigo em minha mente ...
Vejo ela .. uma garota .. não feia .. nem tão bonita, apenas uma garota. Que valora coisas que para ela são importantes.. simples, mas muito importantes, garotinha esta, que cai de amores por um bardo, que vez ou outra parava pela cidade, para cantar algum poema ou contar alguma estória, sempre entre as bebidas de um velha taverna, trazia as lendas do horizonte, tinha algum instrumento de cordas.. acho que era uma lira.... tocando em sua cabeça , aquele sentimento aristocrático.
Curiosa e pequena a moça calçava as suas luvinhas rendadas em tons claros, assim achava encantar, no cair das noites esperava as luzes se apagarem todas, quando a noite se calava , ia ela a ponta de pés, sair de seu quarto e atravessar a escuridão, andar pelas ruas solitárias, deixando as marcas de suas pequenas botinhas pelo chão onde passava, parava bem ali, a porta de uma taverna onde sabia que logo chegaria o seu amigo bardo, então se escondia o esperando chegar, encapuzada com uma capa escura, escondia o próprio rosto e o vestido que lhe cobria e acobertava o corpo naquela noite fria, não queria se deixar ver ali naquele lugar por ninguém.
Passando algum tempo o via de longe chegar, podia observar aquele mesmo grande sorriso, tomando a forma dos carnudos lábios. Ele que chegava, sabia em seu coração rude, que encontraria a sua pequena escondida, o esperando como sempre o fazia ao saber que ele estava de passagem pelo vilarejo.
Ia o bardo se aproximando da porta da taverna e podia ver uma pequena pessoa, sentadinha, escondida, quieta, sentada no velho banco no canto da porta da taverna, seu coração se alegrava, e em resposta lhe aparecia um sorriso nostálgico, mal podia esperar para ver os pequenos olhos da amiga vindo em direção a seu sorriso. E se aproximando um pouco mais da jovem com o rosto coberto, a puxava por um dos braços e a trazia carinhosamente para si, a acolhia em um abraço realmente esperado, e como em um teatro mudo a puxava para dentro do local, sem nada dizer. Os passos de ambos pareciam dançar um completando o outro até chegarem na mesa, alegres por se verem mais uma vez. Dentro do ambiente boêmio as horas passariam rápidas como o galope de cavalos feudais, entre conversas e brisas de momentos, lendas, estórias, risos altos, e pouca bebida, o bardo cuidava de sua borboleta como se fosse um presente dos deuses. A pequenina trazia na ponta de sua pena, estórias e conversas que guardava apenas para conta a seu amigo bardo, homem sem nome nem destino, homem sem amigos e sem passado, tinha apenas para onde voltar, que era voltar para junto dela e contar tudo o que viveu a seus olhinhos curiosos, e sua delicadeza, que se fazia em vestidos ainda quase que infantis feitos em rendas e babados, uma voz fina e dita quase que sussurrada.
Nem viam o subir da lua e a chegada da manhã que se fundiam ao fim da madrugada... então se fazia o desespero de ambos, era preciso da mocinha estar em casa. Então as pressas se despediam, despedida esta que continuava apenas com o olhar dos dois de longe.
O bardo parado a porta, angustiado querendo acompanhar a sua pequena adorada, tentando calar o coração que se debatia e gritava enquanto a via correndo, ora ou outra olhando para trás se despedindo com os olhinhos chorosos.
A jovem desajeitada até mesmo tropeçava nos próprios pés, correndo com a visão turva, do seu bardo nada tinha além da lembrança de seu sorriso, e seus olhos fortemente fixos. Mas a ele deixava um presente, entre as grossas mãos, esquecia um lenço fino e branco, desenhado sobre ele um pequeno fragmento de poesia assinado ao fim, apenas como “ A Borboleta”. Mal sabia ela que ele assim a guardaria para todo o sempre, ele lia as palavras sobre o lenço e de longe a via se afastar, ficava ali parado até o ultimo segundo, até o pequeno corpo da borboleta desaparecer voando na distancia.
O homem não se conformava com o tempo breve que tão rápido calara-lhe o sorriso, fazendo sua borboleta voar mais alto do que ele conseguiria alcançar. Mas por dentro tinha resquícios de felicidade ao se lembrar que tinha ainda um lugar para onde sempre poderia voltar. Salvava a sua lira e estava pronto para voltar ao mundo, viver em tavernas, encontrar outras jovens, beber outros sabores, viver outras lendas, mas sempre guardando ao peito o perfumado e branco lençinho que contrastava com as cores que conhecia, seguiria o seu caminho por muito tempo, mas certo que por ali voltaria logo para mais uma noite se perder no brilho daquele sorriso doce, que parecia ter sido feito a ele.
Enquanto corria para casa, por alguns segundos se revoltava com o grande rei sol, queria voltar no tempo e ainda estar lá conversando com o seu amigo de muitas vidas, entrava pela porta dos fundos de sua casa, tinha ali suas passagens secretas para não chamar a atenção de ninguém sempre que saísse para viver suas aventuras durante a madrugada, se apressava para fingir uma longa noite descansada, se camuflava entre os lençóis e esperava até a sua porta se abrir. No pensamento não sabia o nome de seu bardo, era apenas “ O Bardo”, não sabia para onde ele iria, nem quanto tempo demoraria, só tinha a certeza de que ele voltaria para junto de sua borboleta azul.
Hachi and ..Lock
( não se trata de um grande feito .. apenas de uma madrugada de conversas com Lock .. brisas.. e invenções... nada a dizer ♥)
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Cristy Brawn

Algo .. que as vezes é tão irrelevante... ou talvez não seja mesmo esta a palavra correta ... alguma coisa doce .. mas futil.. algo que alguém disse e ninguém prestou atenção ... resgatar as palavras fracassadas, que não tiveram a chance de chegar em seu real destino, mas que alguém parou .. e a ouviu .. não é para qqr ser humano ...
Mas mediante ao mundo e suas considerações finais , iniciais ... suas voltas e suas vidas .. alguém disse algo belo ... e que ficou com um éco dentro da mente ...
" esperança adiada.. adoeçe o coração" (referências a Cristy)
O mundo parou .. diante de sua fisionomia doente e doce, seus olhos fortes e sofredores... a voz que parecia rasgar-lhe a garganta para poder sair ... as palavras que mais pareciam arrebentar a língua contra os dentes ... mas que toda luta para cada sílaba era válida, E ele podia falar!!!
Parei o meu mundo para ouvi-lo, dificultosamente podia entender o que dizia ... mas o prazer de saber o que a boca dizia , valia o desespero de espera-lo terminar.
( Faz referência ao filme " meu pé esquerdo" )
terça-feira, 25 de maio de 2010
O sorriso dela é eterno ....

AS fotografias ... aquele momento único da vida de alguém, aquele segundinho que alguém capturou .. e dele fez um cópia, para se lembrar a vida inteira, e os olhos ficaram congelados, o sorriso se petrificou por um instante, a pele viçosa se mantinha do mesmo jeito naquele papel.. eternamente seria jovem enquanto olhasse aquela pintura de si mesma ...
Os olhos tão expressivos e grandes olheiras devidamente disfarçadas com a pintura que recuperava o frescor da própria pele, os lábios hidratados e bonitos tinham um brilho maior que o do próprio sorriso, era só uma foto de alguém que já não estava aqui ...
Já não olha como antes, já não pode mais sorrir, nem ao menos falar nem se mover... porque já não esta mais aqui ...
E toda vez que os olhos de alguém encontraram aqueles expressivos e congelados no papel, a dor sufocante no peito de manifesta, a vontade de procurar por ela era ainda maior,
..... e ela não mais vai estar.... aqui .
[...] só vai poder busca-la na própria mente, fazer aquela lembrança ser o mais real possível, tentar resgatar o cheiro dela, e lembrar que já não pode mais toca-la ...
É aquela nostalgia que incomoda e dói, só podia mesmo guardar mais uma vez aquele bonito papel que desenhava fielmente o rosto com que ela se mostrava, guardar, para o dia seguinte na mesma hora, tentar encontra-la mais uma vez... porém em vão naquele mesmo lugar ....
Ela se foi ...
( é uma humilde homenagem a álguem que eu muito amo.. que infelizmente teve que partir ... mas deixou um legado enorme de boas lembranças .. e uma saudade desgraçadamente dolorosa... )
Hachi.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Asas de menina ...

Borboletas sorriem para mim. E veja só ... tem uma pousada em meu dedo.. como é pequenina ela ... acho que ela quer brincar ... então vou caminhar esse brilho que a pequenina deixa por onde passa ...
Mas veja só ela vôo para outros canto, mais deixou meu dedo azulado, onde antes era sua morada... Pobre pequenina, mal sabe ela que vai se deparar ao sul, com uma grande correnteza de ar, que vai impedi-la de voar em sua direção ... e de tão forte irá carrega-la e com violência lhe roubar suas asas, jogando-as no chão como se nunca tiveram um propósito tão bonito como fazer a pequena notável encantar flutuando ...
Eu bem que poderia salvar a pequenina... Mas agora eu preciso observar as flores ... e a mãe de todas as floras ... cantos florais, de lugares floridos com cores diversas, colorido ... mesmo tão distraída com as cores diversas das pétalas, porque não consigo parar de pensar nas asas caídas daquela borboletinha bufona, que me deixou?!
Então é assim que somos? Então é isso que fazemos? Cobrimos a sensação incomoda com algo que nos agrada? Não vou negar minha natureza e procurar a pequenina... ela me magôo muito .. então deixarei que agonize e morra sem voar... que assim sirva de exemplo pequena fujona, a curiosidade visita minha mente, querendo me fazer ir atrás .. pelo menos para vê-la .. afinal ela já foi parte de mim ... Sigo o canto dos pássaros.. e vejo raízes no chão, sinto o cheiro das flores e lá no fim um arco-íres ...
É tudo tão sentimental ... e tão macabro ver o arco-íres na escuridão da noite ... mas o meu mundo é assim ... Estranho! ... sou guiada por vaga-lumes ... e eles não tem só cores verdes... eles são rosas, azuis, lilás e violetas... penso ser seguida por mulheres que tem os cabelos reluzentes, vestidas de folhas, orelhas estúpidas e pontudas, com unhas de espinhos ... Estou sonhando antes de me ver no espelho com esta aparência .. então penso estar sendo seguida por mim mesma... são apenas alucinações diabólicas da vingança de uma borboletinha sem asas, que disseram ver, perambulando pelo meu mundo extraordinário, diziam que os olhos dessa pequena reluziam fogo... e que sua boca maldizia o meu nome ...
Mas vejam só... foi ó esfregar os olhos, para acordar, assustada, me deparando com as paredes mofadas do meu quarto escuro, precisando de água, procuro por beber, lavar o rosto e esquecer da noite horrorosa ... então porque a ânsia para voltar a sonhar com lugares macabros ... o que me assusta é também o que me atrai, e o medo será realmente algo mal ? ou sentir medo é só mais uma reação estúpida que ganhamos como bonificação, por sermos reis do império da ignorância de nos mesmos...?
Hachi.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
"[...] E ela acreditava em anjos ...

E ela no cansaço do dia ... fechou os olhos por um segundo ...
Segundo provavelmente o mais intenso de sua vida ... na cabeça só tinha uma voz ... essa voz lentamente se convertia em luzes ... luzes tão bonitas ... encantava até o mais profundo de seu ser..
Então ela sonhava acordada ... vivia no sonho ... e sonhava na vida ... tornava o não real em apenas um sonho estranho ... e seus sonhos ... sua vida real ...
E vivia dos minutos em que podia fechar os olhos espertos, e descansar em sua vida verdadeiramente feliz ...Lá podia descansar nos braços quentinhos do seu coração ...
vê-lo sorrir tão lindamente para ela, brincar por entre as tardes...
E aquela era realmente a sua vida ... estava em teu ser viver sonhando daquela forma ... e era tão feliz ... que os olhos pareciam estar sempre cheio de água ... o que na verdade era apenas o brilho feliz que aquela presença amável a oferecia.
E tinham sua morada encantada, de uma janela poderiam ver as folhas caindo ... as folhas já amareladas e secas pelo tempo... o ar era tão leve ... não feria os pulmões a ser respirado... e se falava a boca deixava o ar mais aquecido, chocando a quentura das palavras, com o arzinho frio ... As mãos pequeninas, acobertadas pela lã que aquecia dos dedos de ambos entrelaçados. E assim poderiam viver eternamente, e lutar para continuar na realidade que queriam, no fogão, a chaleira gritava avisando que estar quente o suficiente, a fumaçinha avisava que o chá já estava pronto, então as duas xícaras se encontravam sobre a mesa, tão branquinhas e suavemente entalhadas, em um desenho agradável de se ficar observando, pequeninas flores de laranjeira, e o cheiro do amar de ambas as almas se entrelaçava ao perfume do chá que queimava ambas as bocas que se encontravam, os olhos unidos no ocultar da visão, e assim passavam a tarde toda, compartilhando os mais sensíveis toques, sorrisos e carinhos doces ...
Era como se vivessem eternamente naquele minúsculo segundo, que era tão esperado pelo real que se passava por sonho, e o sonho que implorava para ser real.
Então ela lentamente abria os olhos chorosos, por ter passado mais aquele instantezinho dos sonhos, retornando assim sem querer encarar as coisas reais e verdadeiras, esfregava preguiçosamente os olhos espertos, e mais uma vez se esticava, na mente não pensava outra coisa se não a espera do dia seguinte, o momento em que por direto teria o seu segundinho de sonhos reais, via coisa negras, rostos deformados pela falsa simpatia, dentes que pareciam estraçalhar desejos, bocas que amaldiçoavam e mãos agressoras, mas ainda sim, os lábios sorriam, pois já tinha o seu ponto de luz reluzindo dentro de si, e mesmo com muitas dificuldades, ela programava sua mente, para exibir apenas a representação do segundo feliz.
A fragrância misteriosa do beijo entre a realidade dos sonhos ? Ou mero jogo entre a mente e o coração.
[...] , e porque ela acreditava, eles existiam"
Hachi.
... nada que de mim.. não tenha sangue o suficiente para estourar
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